segunda-feira, 25 de julho de 2011

clamores ao anoitecer

Já são altas horas da noite...

Um silêncio profundo me atormenta.

Ouço latidos, sons de carro, miados e o pulsar do meu coração. Ele bate no compasso da saudade.

Durante todo o dia a correria sufocou seu suplico, mas a noite não tem como. Não há amigos com quem rir, não há trabalho pra se ocupar. Somos só nós três: eu, meu coração e a saudade. Embora nós sejamos maioria ela (saudade) é mais forte.

Me movimento diversas vezes na cama. Levanto, tomo água, escrevo algo num papel – ouvir dizer que as letras são as melhores amigas dos solitários.

Está chegando a madrugada. Só, então consigo pegar no sono. E quando isso acontece sonho com o tempo que não vai voltar, o lugar que já não existe, o momento que não nos pertence, a música que já não se ouve.

De repente, a música está tocando de novo. É a canção da minha infância. Eu vejo minha família e meus amigos. Ouço a música cada vez mais forte é como se o destino desse uma nova chance ao impossível. E o som é tão real, tão palpável. E quando eu tento tocá-lo a realidade me atinge é apenas o celular despertando.

Acordo. São 6 horas. Saio da cama ainda porre de sono. Realizo as atividades matinais. E enfim estou pronta para mais um dia. Vamos lá! Porque a hora é agora.

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