segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Afinal, de quem é a culpa?

“Porque eu posso votar com 16 anos, e não posso responder por um crime que eu cometi”? Pergunta feita pela mãe de uma moça assassinada por um jovem menor de idade.

A dor de quem perde um parente ou amigo é duplicada em casos em que o assassino é menor de idade. Isso, por que além da perda tem a injustiça, o fato de saber que o culpado não será condenado porque é protegido pela lei.

Mas, se a lei os protege: quem nos protege deles? Quem os protege deles mesmos?

O Estado falha conosco quando não nos oferece segurança, é fraco quando nos deixa nas mãos de bandidos. O Estado não é Estado quando não é capaz de corresponder a suas funções, no entanto sua pior face é aquela que ele não deixa aparecer aos pobres indefesos, que não tendo a quem reivindicar sentem como se não tivessem pátria, logo não conhecem as regras de convivência pertinentes a quem vive em sociedade, simplesmente, por que destes pobres futuros bandidos o Estado se esquivou sem deixar sequer ser visto muito menos vivenciado.

Muitas vezes o mundo do crime não é uma opção, na maioria é sobrevivência e em alguns casos a pessoa não tem a chance de escolher. Tudo aquilo com o que convivemos desde pequenos se torna natural para nós, por isso, é comum em bairros onde a criminalidade é corriqueira que as crianças a achem natural e a exerçam com naturalidade.

Diminuir a menor idade penal pode até diminuir o índice de crimes entre jovens, mas não vai resolver o problema. O que precisa é de mais respeito com as pessoas. É oferecer educação de qualidade, rede pública de saúde decente, é dar vida digna de verdade e não só no discurso.

A dor de quem perdeu amigo ou parente assassinado por um menor de idade não é duplicada, é triplicada. O terceiro baque é descobrir, ou melhor, é se dar conta, que no final os verdadeiros criminosos são os que fingem não enxergar o menininho pobre que não tem o que comer, onde estudar, o que vestir e nem a quem pedir “SOCORRO”!

Um comentário:

Unknown disse...

Sei que toquei em um assunto delicado, até mais do que deveria ser. Pois bem, o que quero deixar claro é: NÃO DEFENDO A MENOR IDADE PENAL E NEM OS ABUSOS COMETIDOS POR JOVENS INFRATORES. Para mim cada caso é um caso e deve ser analisado levando em consideração todos os aspectos que direto ou indiretamente contribuiram para o resultado dos fatos. Não podemos generalizar, também não podemos viver como se o problema não existisse.

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