Quando a gente faz uma escolha precisa se responsabilizar pelas conseqüências dessa escolha. Eu tive a chance de decidir meu futuro. E foi uma opção difícil.
Todo mundo vive se lamentando: Ah! Se eu pudesse escolher, mas no fundo todos nós morremos de medo de optar por este ou aquele caminho, mesmo quando estas decisões são referentes à nossa vida.
Como eu estava falando a vida me deu a oportunidade de escolher como eu queria estar no futuro: se queria estar jornalista ou se queria estar professora de educação física. E eu uso o verbo estar por que entendo a vida como algo em constante movimento, não nos dando a regalia de sermos alguma coisa, mas de estarmos alguma coisa, que pode já não ser a mesma amanhã.
O jornalismo mais do que uma profissão parecia um vírus me contagiando, desses que só se percebe quando a doença já não tem cura. A carreira como professora de educação física parecia ser o remédio para a minha doença, mas quem disse que eu queria remédio. A minha doença, o jornalismo, se apossou de mim e eu não fiquei pensando no que poderia fazer também me apossei dela e por ela vivo.
A gente passa boa parte do tempo pensando como seria se tivéssemos feito de outra maneira. Algumas pessoas dizem que isso é arrependimento, eu chamo de curiosidade. Curiosidade de saber como estaríamos, quais foram os amigo que, mesmo involuntariamente, escolhemos não conhecer, como seria minha vida hoje se eu não tivesse saído da casa dos meus pais.
Em um ano cursando jornalismo não foram poucas as decepções, mas também foram muitos os momentos de orgulho e de certeza de que é isso que eu quero pra mim: ESTAR JORNALISTA em algum momento da minha vida, e se possível a VIDA INTEIRA.
Momentos de dúvidas vão existir sempre, sem alguém diz que tem total certeza e convicção das escolhas que fez e por que não tem conhecimento de que as fez. Nós fazemos escolhas todos os dias, algumas tão simples que nem percebemos outras tão difícil que vamos adiando até o último segundo. Viver é isso: É ESCOLHER A TODO INSTANTE.
Um comentário:
Jornalismo é mais do que uma carreira apaixonante, é uma carreira viciante. O que seria de nós sem ela? Mesmo com tantas dificuldades... não dá para não ir até o fim em uma decisão, afinal já fomos contaminados por esse vírus. Não que isso seja uma coisa ruim, pelo contrário. É amor por algo que acreditamos, por algo em que sentimos prazer em realizar.
Uma vez eu li em um livro que " não são as nossas qualidades que mostram realmente quem somos, são as nossas escolhas". Isso é mais do que verdade. Não podemos nunca dizer como a nossa vida "seria", apenas podemos ter certeza do que a nossa vida "é". Apenas nós temos o poder de decisão sobre até onde podemos ir.
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